A FLOR QUE NASCE, AMOR QUE VINGA
O mel derramou-se entre as fontes,
O costurar de mim e de te enfeites,
Declamantes ergueram aos montes,
Trazendo-nos em perfeito ao deleite.
Não lhes furtaram do desejo mero,
Acaso do destino já certo e sabido,
Inconsciente, perene, assim espero,
Muito mais ardente do que havidos.
De todas as tramas que desenhou,
Que em suma da vida já esperou,
Exaltando que nunca se fez ardor.
Hoje passa a sonhar e desarmou,
Expondo não só o corpo e amou,
Como da vida em jardim única flor.