Soneto da Sau(Mal)dade

A força que a cada ser humano é atribuída,

Não se encaixa quando tratamos da ausência

Da pessoa amada, causando dolorosa abstinência

De palavras de amor, essenciais para a vida.

E percebemos que somos falsos e fracos

Por pensar que nada nos abala

E, de repente, somos flagrados sem fala

Com os olhos impassíveis ,catando nossos cacos.

Cacos esses que só serão reconstituídos

Quando o dia mais feliz se fizer verdade

No infinito do coração dos mais iludidos

Como eu, traído pela eterna saudade,

Com o corpo em pedaços distorcidos

Feitos com amor pela mais pura maldade.