Versos de uma meia noite

Por mais uma vez, eu contemplava

A fera que aos poucos me consumia

E nas longas noites em que procrastinava

Ela, bruta insônia, apenas me sorria

Nunca entendi por que me assombrava

E me torturava com sua companhia

E o que agora eu mais desejava

Era um distante nascer do dia

E ela, ardendo como uma chama

Queimava minha fronte febril

E punha fogo na minha cama

Ela, das serpentes, a mais vil

Sobre o meu crânio se derrama

Toda noite, e faz dele o seu covil

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 12/09/2011
Código do texto: T3215946
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