PRISCILA 28

Engasgo ainda com teu nome na garganta,

Mas isto há de passar, quase tenho certeza,

Como em ti foi-se o Amor, em mim, ir-se-á a tristeza,

Tu não mereces mais tanta esperança... tanta!

Como para o animal, o seixo, para a planta

Passa o tempo, passou nas horas tua beleza,

Eu sonhei que serias do meu reino princesa,

E nos teus tombos quis ser o que te levanta...

Mas tudo isso terá fim, como as nuvens cheias

Que escorrem pelos céus... Como estas minha veias

Entupidas de ti... Entupidas de Amor...

Vai ter fim... Infinito e necessário fim...

Tu nunca vieste triste ou só por onde vim,

Mas agora irei só e triste aonde eu for...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 12/09/2011
Código do texto: T3214530
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.