A LOUCURA E A CURA

Bisonhas palavras retardam, enquanto eu vejo o fim,

Ela se move em gestos querendo apenas tudo fingir,

Admiro a sua falta de coragem sequer olha em mim,

Sua boca em minha direção, mas seus passos a fugir.

Seria a postura mais nobre lançar as palavras e fim,

Mostrando o que no seu peito no meu vai sucumbir,

Só falta o golpe final, de costas me dizer algo assim:

“Sinto, mas não tem jeito, tentei ao máximo resistir”.

Como se fosse minha culpa, e que devesse eu pedir,

Ou pagar pelos danos que por ventura viesse a sentir,

Quando chega a este ponto a paixão é só lembrança.

Daquele tempo gostoso dos beijos e de pura loucura,

Que hoje se transforma em erro, um mau, sem cura,

Que deva manter isolado, se tratando com a distância.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 11/09/2011
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