Interrogações na alcova
Ao ver o meu amor adormecido
Divago em sensação alada e calma
Serena a levitar a minha alma
Embriagado tenho o meu sentido.
Visão que me redoma em paraíso
Sacia-me, inebria e faz-me bem
Só ofusca-me a visão que vai além
E sempre ameaça o meu juízo...
Terei sempre ao dispor essa alegria?
De amor, assinarei sempre a poesia?
Terei sempre ao meu lado o meu amado?
Nas vestes da agonia, o céu roubado...
É leda essa esperança e o tempo adia,
O fim, triste quebranto ao retratado.