.... NOSTALGIAS ...

Vão-se as nuvens, d’asas bem abertas,

Lindas, a desmancharem-se ao vento,

Pelas vagas azuis, longe, desertas,

Deixando no olhar, cenas de alento...

Ah, seguem sem um rumo, um caminho...

Esvaecem no ar, tão fugidias,

E, nem vêem a mim, aqui, sozinho,

Pelas sombras do dia, nostalgias...

Ah, tudo vai passando, tudo indo...

Por sob estes filetes, alvos, lindos...

As aves, ah, em bandos... As gaivotas...

Olho apenas o céu... Cauto, sorrindo,

Vejo as brumas das nuvens aos infindos,

Tal qual a minh’alma, sem ter rotas...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 04 de Agosto de 2011.

republicação em 09.09.2011