AMOR ATORMENTADO
Olhavas para os lados e eu chorava
aflito, pelo medo de ir-te embora...
Sugava-te os minutos... cada hora!
E a tua vida, em mim, eu cravejava...
Alguns instantes sem a clara aurora
dos teus raiares lindos, aura flava,
e a insegurança, bruta e má senhora,
com flechas de ciúmes me furava!
Ai, como me agredia a tua ausência!
Jogava em ti a minha dependência,
gravando, em tua pedra, minha lei!
Foi por sofrer-te a falta do teu lado,
à angústia de perder-te, acostumado,
que quando foste embora, não chorei...