AMOR DE INFÂNCIA
Em que antes brincava minha musa de infância,
Estava olhando casebre onde uma casa existia,
Percorria todo quintal de grama, flores esguias,
Em que ficava admirado mantendo a distância.
Quando passando lá em frente seu olhar fitava,
Como o sorvete em suas mãos eu me derretia,
Meu coração sem por que soubesse acelerava,
Eu menino mesmo que sentindo não entendia.
À noite, da minha janela, na fresta me permitia,
Vê-la naquele terraço, hoje vento folhas varre,
Antes sua saia girava em brincar da sua alegria.
Despenco tal qual esse resto de uma casa vazia,
Vivendo da minha saudade, mobília de trastes,
Lembrando o amor de infância daquela menina.