Gélido

A tudo deu o seu consentimento

Em nenhum momento lhe disse um não

Embalou seu grande amor ao vento

Cantou pleno de alma e coração

O tanto, sempre pouco parecia

Tudo, nunca em si era bastante

Ela foi toda sua poesia

O sonho de seguir mais adiante

Mas bem pouco ou quase nada valeu

A imensidão de tanto embateu

Sempre em gesto rude ou arredio

Viu, ele que sempre era primeiro

Bem pouco de um gesto verdadeiro

E o fogo do amor, morrer de frio

Herlânder Lobão
Enviado por Herlânder Lobão em 08/09/2011
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