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Uma harpa tocava, soturna, melancólica

A angustiante e sepulcral melodia

Quimeras da mais triste sinfonia

Notas agudas, paisagem bucólica

O pranto, por mim derramado, escorria

Na memória morta, outrora eufórica

Como as dores, as minhas cólicas

Na ausência de mim, eu não sentia

Naquela canção eu me apagava

E andava num longínquo vale

E tudo o que eu sabia, já não sabia

O tempo, o espaço e os males

E aquela canção que me tocava

São hoje o passado em que eu vivia