Soneto da Volta

Voltou, voltou a minha lira?

Regressou minha paixão?

Em farrapos, aqui está ela,

Infinita, em meio ao pó e a exaustão.

Clamem, bocas oníricas!

Abram-se, rosas da estação!

Invadam este colossal castelo

Tragam cor a este lívido coração!

Finalmente a luz da lua,

Estou livre! Adeus silêncio, olá alvorada,

Cuidarei agora das feridas em carne nua,

Aguardarei os cavaleiros em seus corcéis.

Dir-lhes-ei a escuridão em que estive aprisionada

E que raguei mil véis, para encontrar perdão.

Para entender, ler texto: Do que se perdeu...

Tayy
Enviado por Tayy em 08/09/2011
Código do texto: T3207036