Soneto da Volta
Voltou, voltou a minha lira?
Regressou minha paixão?
Em farrapos, aqui está ela,
Infinita, em meio ao pó e a exaustão.
Clamem, bocas oníricas!
Abram-se, rosas da estação!
Invadam este colossal castelo
Tragam cor a este lívido coração!
Finalmente a luz da lua,
Estou livre! Adeus silêncio, olá alvorada,
Cuidarei agora das feridas em carne nua,
Aguardarei os cavaleiros em seus corcéis.
Dir-lhes-ei a escuridão em que estive aprisionada
E que raguei mil véis, para encontrar perdão.
Para entender, ler texto: Do que se perdeu...