Soneto Saudade!
Chamou meu nome e eu corri ao seu encontro
Tropeçando no desencontro pleno de encanto
O ego soberano do sonho doentio, no entanto
Cita parábolas prontas em boca sacrossanta
Alço o vôo da águia no vasto céu azul perdida
A nuvem pretendida a pousar os pés entanguidos
Onde os ventos álgidos rasgam páginas escritas
Nunca ditas na sinceridade dos tempos antigos.
Intenso silêncio denuncia falso alarde na audição
Insana razão finge a queda atroz na humilhação
Sábio Salomão em provérbios indica precaução
Voar dentre nuvens em violentas tempestades
Transpor a eternidade em busca da felicidade
Arriscada peripécia compõe o "Soneto Saudade!"
Luzia Ditzz
Campinas, 05 de setembro 2011.