MOSAICO
Recolhendo os cacos do passado
E juntando os no chão à minha frente
Recomecei colando novamente
Meu mosaico de vida inacabado
Espaços com vestuarios descartados,
Remanescentes de outras silhuetas,
Já disputava no fundo das gavatas
meu diário, outrora bem cuidado
Mas hoje, livre de fardos e embaraços,
Surge alguem que me estende os braços
E me acolhe, como que a dizer:
Vem! Olha! Levanta! Anda!
Toma! Do alto alguem lhe manda
Uma vida que acena pra você.