BRISAS DE AMORES

As tais fragilidades dos amores...

As inconstâncias, medos, sutilezas,

as arrogâncias, manhas e asperezas,

os egoísmos, sóis devastadores.

As efemeridades dos amores...

Amanhecendo às juras e levezas

e anoitecendo às turras e rudezas,

mistura de doçuras e amargores.

Insisto equilibrando neste fio,

dançando em suas brisas indecisas;

eu quero esse ar fugaz de desvario!

E em direções ocultas, imprecisas,

entrego a vida inteira, tino e brio,

por um afago, apenas, dessas brisas.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 07/09/2011
Reeditado em 31/05/2017
Código do texto: T3205317
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