ESPIRAL ETERNA...
Hei de perder-me, um dia, pelo tempo!
Ah, sem saber das horas passageiras;
Na espiral eterna, pelo vento,
Que sopra em minha alma, derradeira...
Quem sabe, eu vá, nas vias luzidias
Entre nuvens, nos astros, no infinito!...
Quem sabe, eu vá, nas asas desses dias
Que, belos, alvorecem, tão bonitos!...
Quando eu não estiver mais nesse lugar,
Talvez, a minha vida seja flores,
Espalhadas nos campos muito tristes...
Tudo será silêncio, um murmurar,
De folhas outonais, cheias de dores,
A dizer-me: Ah, tu já não existes!...
Aarão Filho.
São Luís-Ma, 01 de Maio de 2011.
REPUBLICADO EM 05.09.2011