ALZHEIMER
Vendo aquele ser de mente demente,
Outros poderiam lhe olhar enviesado,
Não entendendo amoroso ser vivente,
Antes da vil doença me foi de amparo.
Agora retida neste corpo a alma chora,
Pois sente o peso da retida agonia fria,
Talvez a mim caiba ouvi-la que implora,
Mostrando que dela guardo as alegrias.
Pessoa amiga que jaz neste corpo leso,
Que sinta da minha presença eu quero,
Retribuir sincero amor a mim devotado.
Com a atenção e o carinho que eu puder,
Tratando-a como a maravilhosa mulher,
Pois, afinal foi para mim o amor provado.