ALZHEIMER

Vendo aquele ser de mente demente,

Outros poderiam lhe olhar enviesado,

Não entendendo amoroso ser vivente,

Antes da vil doença me foi de amparo.

Agora retida neste corpo a alma chora,

Pois sente o peso da retida agonia fria,

Talvez a mim caiba ouvi-la que implora,

Mostrando que dela guardo as alegrias.

Pessoa amiga que jaz neste corpo leso,

Que sinta da minha presença eu quero,

Retribuir sincero amor a mim devotado.

Com a atenção e o carinho que eu puder,

Tratando-a como a maravilhosa mulher,

Pois, afinal foi para mim o amor provado.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 06/09/2011
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