PRISCILA 24

Quanto tempo, Amor... quanta distância!

Sinto-me como em um pesadelo,

Numa paisagem de dor, de ânsia,

Onde fica perdido o meu zelo...

E, se acordo, pressinto a fragrância

Que tinha teu sinuoso cabelo

Nos tijolos ou versos da estância

Que vou forjando com fogo e gelo...

Eu sei que não deve ser assim,

Sentimento qualquer vive em mim

Sem que eu medre, inclusive esta dor!

Quanto tempo... mas nada se move,

Principalmente a nuvem que chove

Sobre a saudade do único Amor...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 06/09/2011
Código do texto: T3203894
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