PRISCILA 24
Quanto tempo, Amor... quanta distância!
Sinto-me como em um pesadelo,
Numa paisagem de dor, de ânsia,
Onde fica perdido o meu zelo...
E, se acordo, pressinto a fragrância
Que tinha teu sinuoso cabelo
Nos tijolos ou versos da estância
Que vou forjando com fogo e gelo...
Eu sei que não deve ser assim,
Sentimento qualquer vive em mim
Sem que eu medre, inclusive esta dor!
Quanto tempo... mas nada se move,
Principalmente a nuvem que chove
Sobre a saudade do único Amor...