Fome de ti

Fosse fácil dizer da emoção que acalento

Um poema eu faria e então saberias

Turbilhão me entontece e o que levo aqui dentro

Num poema não cabe nem se espelha nas frias...

Mar revolto esse agito e refém do momento

Se silente e perdida do que sinto, não rias

Vem me aperta ao teu peito e permitas o alento

De escudar-me em teus ombros, segredando euforias.

Com ternura me afague e permita a loucura

Que em tormenta me atira a buscar saciedade

Com teu corpo me aplaca e me torne vencida

Faz de mim extensão do teu ser, sem medida

Alimenta de ti, minha sede e desejo

E descansa ao meu lado pós mais doce cortejo.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 06/09/2011
Código do texto: T3203158