Fome de ti
Fosse fácil dizer da emoção que acalento
Um poema eu faria e então saberias
Turbilhão me entontece e o que levo aqui dentro
Num poema não cabe nem se espelha nas frias...
Mar revolto esse agito e refém do momento
Se silente e perdida do que sinto, não rias
Vem me aperta ao teu peito e permitas o alento
De escudar-me em teus ombros, segredando euforias.
Com ternura me afague e permita a loucura
Que em tormenta me atira a buscar saciedade
Com teu corpo me aplaca e me torne vencida
Faz de mim extensão do teu ser, sem medida
Alimenta de ti, minha sede e desejo
E descansa ao meu lado pós mais doce cortejo.