Soneto da borboleta
Uma borboleta pousou em minha boca
E contou-me seus segredos de efemeridade,
E eu pensando: “devo estar louca”
Ela batia as asas, eu, devaneava naquela sonoridade.
De tão linda, desejei até o fim tê-la
Para colorir um pouco meu sorriso,
E eu pensando: “Não posso prendê-la”,
O viver dela já é muito impreciso...
Ela demorou ainda um pouco mais
Contando pequenas alegrias,
E eu pensando: “que agonia”,
Vai-te embora, peço que agora parta
Lindas tuas lembranças, e tuas melodias,
E Eu pensando: leva-me contigo, que daqui estou farta.