O CUPIDO DA MORTE DA PAIXÃO

Flecha que fere de mim a alma indefesa,

Com a força necessária sem compaixão,

Dispara por dolo ou por pena o que seja,

Transpassando-a direto fincou o coração.

Negro e estúpido anjo não me entendeu,

Que a alegria me tinha, esvai-se, sangra,

Não foi de cupido, não foi o cupido meu,

Foi anjo caído, e amores sem esperança.

No mesmo alvo daquele, mas lança de fel,

Que não desperta o amor, mata-o, rancor,

Na noite que se alimenta de sangue e mel.

Brinda os esquecidos e feridos sem sonho,

Diferente dos cupidos que lançam o amor

Aquele destrói, não ama, ri o ser bisonho.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/09/2011
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