O CUPIDO DA MORTE DA PAIXÃO
Flecha que fere de mim a alma indefesa,
Com a força necessária sem compaixão,
Dispara por dolo ou por pena o que seja,
Transpassando-a direto fincou o coração.
Negro e estúpido anjo não me entendeu,
Que a alegria me tinha, esvai-se, sangra,
Não foi de cupido, não foi o cupido meu,
Foi anjo caído, e amores sem esperança.
No mesmo alvo daquele, mas lança de fel,
Que não desperta o amor, mata-o, rancor,
Na noite que se alimenta de sangue e mel.
Brinda os esquecidos e feridos sem sonho,
Diferente dos cupidos que lançam o amor
Aquele destrói, não ama, ri o ser bisonho.