CRIANÇAS INOCENTES

Somos cúmplices neste amor,

Que nos devora a alma e clama

Ao corpo por uma ardente chama,

Que nos envolva com todo o calor.

Quem poderá a nós argumentar,

Da inconveniência dessa paixão,

Que arde e queima de excitação,

E que expõe todo o nosso desejar.

Como saídos de um novo ritual.

Insinuamos passos envolventes,

Buscando, a rigor, outro visual.

Neste delírio estamos coniventes,

Envoltos que somos ao natural,

Parecemos crianças inocentes.