XX III

Soneto feito em resposta ao seguinte soneto de Victória Freitas, na aurora do nosso Amor:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3176478

É preciso saber que o vento mente,

Se ele diz para não ficares cega

É porque não tem olhos e carrega

Uma inveja de quem tem vida e sente...

Não sente nada o vento... Segue em frente

Impulsionando o barco que navega,

Ou agitando o mar que a ele entrega

Suas ondas... O vento é sempre ausente...

Não entregues ao vento o coração...

É melhor colocá-lo em minha mão,

Eu vou acariciá-lo até sua morte...

Dar-te-ei o meu também, se tu quiseres,

Mais que o vento vou dar-te, se preferes,

Um abraço de amigo, ou de consorte...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 04/09/2011
Reeditado em 11/06/2019
Código do texto: T3199738
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