Existência
Semeei: colho o fruto de veneno.
Entre o pó da verdade para o bem
E a montanha do prazer para além
Da extensa amplidão desse terreno
Meu nome, kharma hirto já condeno
Aos braços espantosos d’um refém
Que lança a vida, como ninguém,
Nas águas da esperança d’um aceno
Neste corpo frágil conduzo lasso
A alma na idade da inocência
Que brotou num antigo rio escasso
O néctar de uma sede na ardência
Das inquietações que soam no espaço
E que trago nas milhas da existência