Existência

Semeei: colho o fruto de veneno.

Entre o pó da verdade para o bem

E a montanha do prazer para além

Da extensa amplidão desse terreno

Meu nome, kharma hirto já condeno

Aos braços espantosos d’um refém

Que lança a vida, como ninguém,

Nas águas da esperança d’um aceno

Neste corpo frágil conduzo lasso

A alma na idade da inocência

Que brotou num antigo rio escasso

O néctar de uma sede na ardência

Das inquietações que soam no espaço

E que trago nas milhas da existência

A C
Enviado por A C em 04/09/2011
Código do texto: T3199529
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