ECOS DA PAIXÃO

Vento frio acompanha quando abro a porta,

Balançando suavemente vaso da flor morta,

Aquela que tentei te dar quando ia embora,

Perdida no canto da sala a lembrança agora.

Como o eco do som das palavras antes ditas,

Que hoje ecoam das paredes em noites frias,

Como se erguessem vindas da mente sofrida,

Atormentada por apelos a alma entristecida.

Para que não ouça as antigas palavras vindas,

Do eco do amor não mais existente em vidas,

Separadas tal qual corpo de vinho das vinhas.

Em vão pedido a alma insistisse da lembrança,

Afagando desavisado coração do que se lança,

Ele bate, pulsa, não por razão, mas esperança.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 03/09/2011
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