ECOS DA PAIXÃO
Vento frio acompanha quando abro a porta,
Balançando suavemente vaso da flor morta,
Aquela que tentei te dar quando ia embora,
Perdida no canto da sala a lembrança agora.
Como o eco do som das palavras antes ditas,
Que hoje ecoam das paredes em noites frias,
Como se erguessem vindas da mente sofrida,
Atormentada por apelos a alma entristecida.
Para que não ouça as antigas palavras vindas,
Do eco do amor não mais existente em vidas,
Separadas tal qual corpo de vinho das vinhas.
Em vão pedido a alma insistisse da lembrança,
Afagando desavisado coração do que se lança,
Ele bate, pulsa, não por razão, mas esperança.