CANTIGA DO AMOR
(Sócrates Di Lima)
No adocicar da boca,
O fruto que se delicia,
O mel que mela e toca,
Faz os lábos em volupia.
E escorre pelas veias do coração,
Levando a seiva até a alma nua,
Que o amor desnuda na comunhão,
E se banha aos cristais da Lua.
Então olhos da poeta floresce a poesia,
E Basilissa canta e se esbalda,
Na delicia do amor que alicia,
Num toque poético que nunca acaba,
Nem se farta da saudade,
Que mora no peito da minha felicidade.