Soneto à Solidão
o tudo que perdi foi a qual onde?
em que céu planam os planos do meu céu?
e que som vingará do que foi meu
desta música que ao meu alto esconde?
mas da minha alma nunca cala a fonte
nem a voz que em silêncio prometeu...
há no que finda o erguer desse troféu
e um olhar desde o barco de Caronte...
do que morri retiro minha espada
do que não fui eu sagro o meu maldito
há uma águia que se oculta entre o meu nada
e um nada que me águia ao infinito...
há uma flor que de si mesma se escada
deste horror que do meu alto eu te escrito...
www.artedofim.blogspot.com