SONETO DA SAUDADE ABSOLUTA

Sinto uma absoluta saudade

Andejante, crepitante, solidificante

Anelante neste longo estio

Absurda nesta longelínea aflição.

Saudade devastadora do olhar

Que cruza minha vereda

Saudade do ácido beijo

Que nem um dia sequer provei.

Ó indizível e absoluta saudade

Indefectível acicate de minh’alma

Intrínseco coração andejante.

Entre o cipreste e a magnólia

Saudade obsoleta e inabitável

Que nem sempre coube em mim

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 02/09/2011
Código do texto: T3197411
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