SONETO DA SAUDADE ABSOLUTA
Sinto uma absoluta saudade
Andejante, crepitante, solidificante
Anelante neste longo estio
Absurda nesta longelínea aflição.
Saudade devastadora do olhar
Que cruza minha vereda
Saudade do ácido beijo
Que nem um dia sequer provei.
Ó indizível e absoluta saudade
Indefectível acicate de minh’alma
Intrínseco coração andejante.
Entre o cipreste e a magnólia
Saudade obsoleta e inabitável
Que nem sempre coube em mim