PEDAÇO DE INTENÇÃO
A rua azul do sonho era perfeita
e pura na paisagem, estirada,
ao sul do meu olhar, pela direita,
findava por perder-se em outra estrada.
No azul do teu olhar, minh’alma deita
desejos de findar a caminhada
– livrar-se de seu medo e da suspeita –
morrer-se por um susto, um quase nada.
No alto desse céu, onde voava
apenas um pedaço de intenção,
abriu-se um precipício – cores fingem...
Faíscas, pigmentos, luz escrava,
em rápidos lampejos passam, dão,
um jeito de esvair-se na vertigem.
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