UM DIA DE CÃO II

Tenebroso estava o céu Ana, eu juro,

Furioso e bastante escuro viu.

Não foi possível a ida, nunca furo.

Somos dois aracnídeos no cio.

Trovejava muitíssimo à noitinha

As corujas fugiram dos seus muros,

E, invernaram na toca das pombinhas.

Houve choro, lamento e sussurro.

Raios entrecortavam as lacunas,

Labaredas queimavam o galpão e...

Por terra desabaram as colunas.

Não foi possível a ida. Só aflição.

Amanhã eu te prometo, vou ligar.

Eu te verei de todo coração.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 01/09/2011
Reeditado em 05/02/2015
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