UM DIA DE CÃO II
Tenebroso estava o céu Ana, eu juro,
Furioso e bastante escuro viu.
Não foi possível a ida, nunca furo.
Somos dois aracnídeos no cio.
Trovejava muitíssimo à noitinha
As corujas fugiram dos seus muros,
E, invernaram na toca das pombinhas.
Houve choro, lamento e sussurro.
Raios entrecortavam as lacunas,
Labaredas queimavam o galpão e...
Por terra desabaram as colunas.
Não foi possível a ida. Só aflição.
Amanhã eu te prometo, vou ligar.
Eu te verei de todo coração.