Soneto n.222
Carrego na mão aquele 'eme'
como que se marcado a fogo,
e ele é como um grande leme
ou feito boa carta de um jogo.
Em cor de âmbar (e de creme)
a ele recorro no meu desafogo,
mesmo que inda eu blasfeme
na hora infeliz dalgum rogo.
Por tudo que há de mais sublime,
e pelo sentir que mais me anime,
esse símbolo detém muita energia.
Seria este sinal uma dádiva divina
(vindo da divindade para nossa sina)
mostrando-nos uma marca de Maria?
Silvia Regina Costa Lima
8 de janeiro de 2011