Soneto n.222




Carrego na mão aquele 'eme'
como que se marcado a fogo,
e ele é como um grande leme
ou feito boa carta de um jogo.

Em cor de âmbar (e de creme)
a ele recorro no meu desafogo,
mesmo que inda eu blasfeme

na hora infeliz dalgum rogo.

Por tudo que há de mais sublime,
e pelo sentir que mais me anime,
esse símbolo detém muita energia.

Seria este sinal uma dádiva divina
(vindo da divindade para nossa sina)
mostrando-nos uma marca
de Maria?

Silvia Regina Costa Lima

8 de janeiro de 2011




 

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 31/08/2011
Reeditado em 02/09/2011
Código do texto: T3193530
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