Desenhos da alma

Era a cor que me fazia poeta

O olhar mais belo que vislumbrei

No amor dela veio a minha seta

Assim poeta, tanta vez a desenhei

Adorei, nos desenhos que fazia

A expressão daquele seu doce olhar

Que para mim meigamente sorria

Depois que via o que estivera a pintar

Mas o vento atabalhoado do engano

Fez borrar tudo quanto era desenho

De tal forma que tudo fez terminar

Hoje apenas por serem penas que pinto

A saudade por mais que tente não finto

Não quero para mais ninguém desenhar

Herlânder Lobão
Enviado por Herlânder Lobão em 31/08/2011
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