DOBRA-TE
Ainda que vivesse por cem mil anos,
Eu não saberia o que preciso saber
Da vida...nem mesmo o que dizer
Diante dos meus momentos tiranos.
Nunca aprendi sem cometer danos
Por vícios de sonhar, sofrer, de beber
Das melhores safras de vinho, de ler,
De voar e de ouvir os sons de pianos
Onde não estão e jamais estarão...
No jardim algumas flores passarão;
Mas somente a bela flor verdadeira
Nasce na rocha da árida cordilheira:
É a rara e linda flor da nogueira...
Dobra-te, meu teimoso coração...
(VictorAMPinheiro)