INTRANSPONÍVEL

Ah como eu cada dia vejo a solidão

Mais parecer comigo, mais ter meu semblante!

Olho ao lado e vejo-me tenso, suplicante,

Olho para dentro e vejo um espaço vão.

E o vazio que me envasa o tormento

Como na noite o céu e a escuridão

Só me rutilam estrelas n´amplidão

E na mente erma dum pensamento.

Não ves que tudo tem teu nome escrito,

Não percebes o choro vertendo e maldito

Nos olhos de quem só te tem amor?

Parece que clamo para o vento mudo

E que muitas vezes sopra sobre o escudo

Que te envolve sem poder transpor.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 30/08/2011
Reeditado em 30/05/2012
Código do texto: T3190220
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