TORTOS PENSAMENTOS
Quando não sinto nos olhos o sono
E me ambiento com a madrugada silente
Por causa deste férvido amor, meu dono,
Ouço a voz do pensamento em mim jacente.
Eu sei, tua ausência obscura que me traga
Para dentro do meu hades que acrisola,
Os meus males que minha natureza fraga
Em meu ser que essa dor assola.
Tento não pensar, mas muito mais eu penso,
E mais ainda fico em tristeza e tenso,
Na pele a dor de grandes tormentos.
Quem sabe se me afogo nestes versos,
Meus olhos fecham e não mais ficam dispersos,
Ficam meus loucos, tortos pensamentos?
(YEHORAM)