QUASÍMODO
Tivesse uma beleza memorável,
Sorriso encantador – malicioso –,
Um rosto mais perfeito – mais formoso –,
Um físico mais firme – agradável.
Tivesse um carisma imponderável,
E aquele olhar contente – mavioso –,
E o meu andar também fosse garboso,
Quem sabe eu fosse mais bem aceitável?
Por ser assim sou muito hostilizado,
Um incompleto – uma amorfa figura
Ninguém enxerga aquém – do outro lado.
Um coração que sofre por ser nobre.
Num mundo onde a aparência é ventura,
Que importa ser vazio, de alma pobre?!
27/8/11