A PAIXÃO DESREGRADA

De que vale a paixão comedida se sob medida ela é razão,

Não desfaço dos meus desenganos, não querendo ser santo,

Em que pese e pesa a luta insana, da mente sobre o coração,

Aceito a segunda opinião, sofro, não nego, mas me lanço.

Quem procura da alma a cura pensando exigir garantia,

Não se aventura, apenas fica no imaginar de tal situação,

É a razão que te fala de forma falha com sua vã filosofia,

Dos tolos que do amor têm medo, tenho deles comiseração.

São aqueles que querem a fruta e não desfrutam então,

Observam, desejam, desistem por medo em função pesar,

Receiam a altura, deixam as maduras pelas podres do chão.

Quero a paixão desregrada sem que me imponha prisão,

Que se viva, morra e renasça em tanto desejo transformar,

A mente escrava do peito, desejos sem medo da solidão.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 29/08/2011
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