Destino
Quando sente chegar o fim de um livro,
o poeta está de rimas esgotado,
satisfeito por mostrar que ainda está vivo
mas de um momento de paz necessitado.
Ele precisa conhecer outras paisagens,
que serão de novos versos o cenário
por onde circularão os personagens,
tanto os reais como os imaginários.
Mas a mente do poeta não descansa;
contrariando o corpo ela se lança
em uma nova e cansativa empreitada.
E com a folha em branco à sua frente.
começa a busca das rimas novamente
até o poeta chegar ao fim da estrada.