Minha pobre alma
Meus versos gritam a dor que vem da alma
Por que a voz seria pouco, coitada, nada diria
É tanta dor que o peito arfa no desejo de gritar
Mas permite apenas que os soluços possam falar
Vou ao mundo andando triste, passos bebados
O horizonte, parece que de mim se escondeu
E a alma louca, alucinada, aos versos pede:
Grita essa dor que em mim nunca morreu
Das lágrimas, os versos fazem tristes gritos
E deles o eco mudo, aflito corre o mundo
Tropeçando no vazio como pobre moribundo
A angustia toma vida e de companheira se faz
Da alma que, coitada, de viver nem pode mais
Mas senta no tempo e vê que nem de morrer é capaz.