POETA SEM NOME

Eu sou o poeta tão distante da fama...

Faço versos até para quem nem conheço;

Aquele que escreve só por puro apreço,

Como é poeta qualquer um que ama.

Eu sou o poeta que ao amor proclama,

Vivendo do amor, até mesmo, o tropeço

Das vezes, não ter o amor que mereço,

Mas eu não resisto se a alma se inflama.

Eu sou o poeta também de amores que invento

E, assim, vou lançando meus versos ao vento,

Sem, sequer, saber se alguém os leria...

Poeta que grita toda a dor que o consome,

Sou o poeta que chora, o poeta sem nome,

Que vê as suas lágrimas virando poesia...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 26/08/2011
Reeditado em 26/08/2011
Código do texto: T3183596
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