COISA RARA

ESCRITO EM 18/07/2011

Nas noites que eu fugia envenenado

Em haustos ardentes me abargantava,

A dor do absente amor que amantava

Os arranhões no seio desgraçado.

E já falava louca a boca alcoolizada,

A lua envergonhada brumava-se no céu

E cada hausto sequente era um troféu

Na vida duma alma desenganada.

E tudo era pela triste lembrança dela

Nas noites que eu saia sem cautela

Sofrendo pelo amor que me negara.

Amigos ouvindo os meus queixumes,

Na escuridão se perdem vagalumes,

Diziam: Amor assim é coisa rara!

(JORÃO BENTO/YEHORAM)

JO BENTO
Enviado por JO BENTO em 25/08/2011
Reeditado em 19/12/2012
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