COISA RARA
ESCRITO EM 18/07/2011
Nas noites que eu fugia envenenado
Em haustos ardentes me abargantava,
A dor do absente amor que amantava
Os arranhões no seio desgraçado.
E já falava louca a boca alcoolizada,
A lua envergonhada brumava-se no céu
E cada hausto sequente era um troféu
Na vida duma alma desenganada.
E tudo era pela triste lembrança dela
Nas noites que eu saia sem cautela
Sofrendo pelo amor que me negara.
Amigos ouvindo os meus queixumes,
Na escuridão se perdem vagalumes,
Diziam: Amor assim é coisa rara!
(JORÃO BENTO/YEHORAM)