SENHORA DE MIM
Livre de novo! Feliz e liberada,
Apesar de esperar essa prisão.
Por saber que, afinal, não fui usada,
Bate-me agora, em paz, o coração.
Consegui conter a ânsia agoniada,
Como se fosse doce escravidão.
Eu queria ficar encarcerada,
Mas prefiro ter paz no coração!
Essa energia que ao fim me atordoa,
Em que pese o conflito, para mim é boa
Pois me leva sorrindo à criatividade!
E se leio o que escreve, pois a ti não vejo,
Sinto deliciosamente o antigo desejo
Mas, senhora de mim, controlo a ansiedade...