Soneto ao meu amor
Meu amor por você contém fermento
Se agiganta, não para de crescer.
É tanto, tanto amor que mal sustento,
Extravasa as medidas do meu ser.
Apesar de assim tanto eu bem querer
E alimentar tamanho sentimento,
Este amor só me causa desprazer
Pois busco nele paz e me atormento
Tolo amor. Cego!... sem correspondência
Eu dou-lhe o meu melhor, você reclama
Em você há geleira, em mim há chama.
Eu vejo você mesmo em sua ausência.
Você, mesmo me olhando não me vê.
Meu amor, como odeio amar você!