O clarão da luna

Banhou-me a lua em seu manto claro

Deixou em mim um tatuado fado

A temível solidão maracada de sarcasmo

Duma lembrança num grito em um brado

Noite de tormenta de um voo alado

Minha alma se fêz em mil compasso

Tomou-me por inteira no seu laço

Em dor e angustia assim atordoado

Em mil razões deixei que a fantasia

Dos dias que estive ao teu lado

Trouxessem de ti minha fatalidade

O passado condena o pensamento

Infelizmente a viver estes momentos

Da cruz pesada de dores e saudade