Cortejo
Oculta sob a brancura do véu rendado
Fina tez esmaecida de toque aveludado
Lábios semiabertos esboçam um sorriso
Nítida felicidade a conquista do paraíso
Nas mãos o único bem em vida herdado
O antigo rosário de pérolas desbotado
Adornas indiferentes mãos entrelaçadas
Ocultas sob as brancas luvas acetinadas
Os sinos da capela repicam tristonhos
Cerram o esquife e com ele os sonhos
Pétalas amareladas salpicam o epílogo
Ouve-se o barulho das pesadas cordas
Que sem dó descem a urna envernizada
Diante dos aplausos das faces mascaradas.
Ana Stoppa
Oculta sob a brancura do véu rendado
Fina tez esmaecida de toque aveludado
Lábios semiabertos esboçam um sorriso
Nítida felicidade a conquista do paraíso
Nas mãos o único bem em vida herdado
O antigo rosário de pérolas desbotado
Adornas indiferentes mãos entrelaçadas
Ocultas sob as brancas luvas acetinadas
Os sinos da capela repicam tristonhos
Cerram o esquife e com ele os sonhos
Pétalas amareladas salpicam o epílogo
Ouve-se o barulho das pesadas cordas
Que sem dó descem a urna envernizada
Diante dos aplausos das faces mascaradas.
Ana Stoppa