Em algum lugar do passado
Procuro na sombra o meu encanto
que sumiu sem nenhum vestígio
clamo bem alto através do canto
aumentando mais o prestígio
Vasculho ruas, becos assombrados
por vultos tristes, fantasmagóricos
que revelam a dor em seus brados
giram seus carrosséis alegóricos
Penetro na penumbra da solidão
Reflexo perplexo da insanidade
mergulho no mar da imensidão
Emerge incólume a alma cativa
soltando os elos imaginários
sorrio para a vida em roda viva