Margaridas brancas com sua natural simplicidade...



                                                                                          
 


Recebi do mestre Afonso Martini este lindíssimo soneto, presente que agradeço e retribuo com singela resposta. A você, querido poeta e amigo, minha admiração e um grande e carinhoso abraço.
 



LIBERDADE, SÓ EM SONHOS!
 
Liberdade, oh líquen preso na masmorra;
oh! alga mártir que no mar da alma flutua.
Sabe-se viva se ouve o vagido da lua,
quando em prantos fremidos pede que a socorra.
 
O pensamento amante que em sincronia atua
libera o grito da sua mudez sonora.
Refém do soluço, tem medo que morra
antes que do cismo de amor se reconstrua.
 
A distância trilha longínquos horizontes
se afasta da morte por difíceis caminhos
onde procura vida por de Trás-os-Montes.
 
Que o fado me ajude achar o doce escaninho.
Beberei dessa água e bendirei essa fonte;
... bebo da sua boca seu terno carinho.
 
(Afonso Martini)










 
SONHO QUE ABRAÇO
 
Talvez um dia eu veja rasgar o imenso céu,
E por entre o seu infinito azul celeste
Surja a liberdade com seu alvíssimo véu,
Planando sobre este mundo frio e agreste!
 
Talvez então, encontre o sonho que abraço:
Teu doce abraço, alento da minha vida!
E as flores que colocar no teu regaço
Cores da liberdade terão vestidas!
 
Nesse dia as portas do meu mundo abrir-se-ão   
De par em par e guardarei no coração   
Cada palavra trocada, cada olhar…

Absorverei cada instante, de mansinho,
O que há de melhor em mim te quero dar
Quando beberes desta fonte, o carinho!

(Ana Flor do Lácio)









Interação do brilhante poeta Miguel Jacó. Mestre e amigo Miguel, obrigada por este belíssimo soneto interativo com que honrou minha singela página. Um grande abraço.



OS ENTRAVES OCULTOS NOS CONSTRANGEM
 
Os entraves ocultos nos constrangem,
Fazem longe o que nos parecia perto,
Cada vez que planejamos nosso sonho,
Chega o vento promove uma lavagem.
 
E assim prosseguimos com seqüelas,
Exalando o frescor do encantamento,
As paqueras se perfazem nas calçadas,
E os amores se pintam em aquarelas.
 
Nós almejamos alcançar ao arrebol,
Mesmo sendo intercalado pela serra,
E é o sol, a energia que nos preserva.
 
Há um caminho iluminado a seguir,
Rastreando teu perfume inconfundível,
Nesta esperança a mim, imprescindível.

(Miguel Jacó)








...fazem lembrar todo o esplendor da natureza.
Ana Flor do Lácio, Afonso Martini e Miguel Jacó
Enviado por Ana Flor do Lácio em 22/08/2011
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T3175451
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.