Extrema Razão
Extrema Razão
A alegria da vida, a pouco e pouco se esvai
A cerviz vai-se curvando para o chão
Em lânguido* delíquio,** extrema razão
Enverga-se a fronte e a cortina cai
O corpo, já exangue caminha arrastado
O que foi viço, força, pura energia
Hoje, perdeu o galardão e a guia
Vive, sem ânimo, à natureza prostrado
E, sem lamentos a esta desventura
Sofre lívido nas garras do seu fado
O que o destino reserva à criatura
Só peço ao Arquiteto do Universo
Na amplidão deste soneto mal traçado,
Dê sentido e razão a este meu verso !
Porangaba, 17/08/2011
Armando A. C. Garcia