Labirinto!
Engulo a doçura salivar convertida em absinto
Tangendo as notas amargas da nossa canção
Perdida nas entradas e saídas desse labirinto
As pétalas marcam o caminho sem sinalização.
Relembro os trajetos na enferrujada memória
Espinhos entre flores atalham a via essencial
Busco a saída no mapa desbotado da história
Não há passagem no coração, porta principal
Pouco a pouco das lembranças apagam a luz
As nuvens trazem chuvas mansas e saudosas
Carregar nos ombros é possível a pesada cruz
Que importa? A noite declinou e nada distingo
Tudo dorme em redor dos sonhos extinguidos
Na solidão amargosa na saliva desse labirinto.
Luzia Ditzz
Campinas, 20 de agosto de 2011.