RIO PARNAÍBA

RIO PARNAÍBA

Wilton Porto

Peito exposto ao vento, olho “O Velho Monge”,

No leito, em ação, muitas embarcações,

É o homem nordestino que a fome tange,

Usando o que mais fácil: as navegações.

1.500 quilômetros servindo com amor,

Dezenas de municípios: Piauí e Maranhão.

Dá vida à lavadeira, à prostituta, ao pescador,

São 80 ilhas garantindo a paz do irmão.

Mas o desmatamento, a incompreensão, o esgoto,

Estão matando o rio – rapidamente está secando.

É preciso que cada ser: lute, lute com gosto...

E não é só o homem que nele vive navegando

Que deve gritar alto, permanecer a posto.

Ele é vida que dá vida a quem precisando.